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(Balanço #9) Agosto: Festa ou Luta? Dia da Amazônia é marcado por celebrações em todo Brasil; mobilização denuncia devastação e reivindica direitos

O Dia da Amazônia desperta a atenção dos brasileiros para o desmatamento e avanço de atividades ilegais na região. Projetos de lei estaduais reforçam a vulnerabilidade dos povos tradicionais.

05 de setembro, Dia da Amazônia. Mais da metade do território brasileiro. A maior floresta tropical do mundo. A mais biodiversa. Em 2022, a um mês das eleições presidenciais, a celebração pela riqueza natural em solo brasileiro ganhou maior proporção e contornos de apelo popular: o voto pela Amazônia. Mais de 500 eventos espalhados pelo Brasil, espetáculos, encontros e coletas de assinaturas. Os festivais que marcaram a data apelam para que todos os cidadãos brasileiros entendam a importância do território e de sua gente e que os defendam, inclusive nas urnas. 

Hoje, 06 de setembro, entre o Dia da Amazônia e o Dia da Independência do Brasil, lançamos o Foco Amazônia #9 junto deste vídeo que traz um pouco de Amazônia e muito de Brasil.


(Instagram: @amazoniamaedobr)


O monitoramento que a Política por Inteiro faz no nível federal e que o Foco Amazônia faz no subnacional, alertando para abusos dos poderes estaduais, comprova a vulnerabilidade que o bioma amazônico e os povos originários vêm enfrentando de forma cada vez mais acentuada. São normas e leis que desregulam e flexibilizam as regras ambientais, dão margem aos criminosos e indicam que a preservação dos recursos naturais não é prioridade de muitos dos governantes. 

Seria ótimo se no mês em que é lembrado o Dia da Amazônia o balanço fosse dedicado apenas a boas práticas públicas. Infelizmente não vivemos essa realidade. Além disso, notamos que o volume de atividades legislativas e executivas dos estados analisados sofreu uma queda expressiva no último mês. A hipótese mais plausível é que com a proximidade das eleições estaduais e federais, os deputados estão investindo tempo em suas bases, fazendo campanha e deixando a atividade legislativa em segundo plano. O nosso trabalho continua:


A média de atos relevantes captados até julho de 2022 foi de 16, logo agosto está abaixo da média. A tendência de queda observada no volume de publicação de atos e na produção legislativa dos estados, também verificada a nível federal, pode ser considerada um reflexo do período eleitoral.


#Pegamos

Amazonas quer liberar licenciamento próximo a Terra Indígena sem parecer da FUNAI

O direito dos povos indígenas é mais uma vez desprezado no estado do Amazonas. Um PL apresentado na Aleam pelo deputado estadual Tony Medeiros (PSD) propõe que as obras que ocorrem a apenas 2 km de terras indígenas estarão dispensadas de autorização da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). A norma federal estabelece limite mínimo de 10 km. Se a proposta for aprovada, bastará ao empreendedor comunicar o órgão público. A justificativa do parlamentar fala em “celeridade processual dos processos administrativos relativos ao Licenciamento Ambiental”.

Saiba mais em reportagem de O Eco


Agora é lei: pecuária em Área de Preservação Permanente é sancionada no MT

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes Ferreira (União Brasil), sancionou a polêmica lei que libera a pecuária extensiva em Área de Preservação Permanente no Pantanal. A maior crítica dos defensores socioambientais é que o projeto foi votado às pressas na ALMT, atropelando não só o diálogo com a comunidade local, mas também a discussão sobre os impactos que a flexibilização pode causar no bioma.  Apenas o deputado Lúdio Cabral (PT) se mobilizou contrário à proposta, organizou audiência pública e pediu vistas do processo, mas não foi suficiente. Após aprovação na casa legislativa estadual, o executivo publicou a lei no DOE em 03 de agosto. 

Mas a falta de consenso continua no judiciário. O Ministério Público de MT ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) alegando que a nova lei acrescenta “dispositivos que veiculam hipótese indevida de flexibilização da proteção ambiental conferida à Bacia do Alto Paraguai”. 


Cancela o cancelamento: UC em MT continua de pé

A revogação do decreto que criou o Parque do Cristalino II, no estado de Mato Grosso, foi suspensa por um erro processual do Tribunal de Justiça. Dessa forma, o processo ainda está aberto e a causa não está perdida. A mobilização da sociedade civil segue na defesa da manutenção do parque, fundamental na conservação da biodiversidade do estado. 


Previsão do tempo: fumaça 

Apesar dos impactos na qualidade do ar e na saúde pública, recorde de queimadas não provoca reconhecimento de emergência nos estados

Onde há fumaça, há fogo. Um levantamento feito pela SOS Amazônia, baseado nos dados do INPE, apontou que o  entre os dias 1º e 26 de agosto, o Acre registrou 1616 focos de calor, ficando em sexto lugar na lista dos estados com o maior número de focos acumulados, atrás do Pará, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia e Maranhão – todos estados da Amazônia Legal. 

A Política Por Inteiro monitora sistematicamente os reconhecimentos de situações de emergência e calamidade pública relacionados às questões climáticas e meteorológicas. Apesar da situação crítica no estado do Acre, onde os incêndios incidem na saúde pública e a fumaça cobre as cidades, não houve até o momento declaração estadual de emergência, nem reconhecimento sumário do governo federal. No gráfico a seguir, elaborado com dados do portal Qualidade do Ar, que monitora a situação em AC, fica evidente que a maior parte do estado está em condições críticas, com grave prejuízo à respiração da população.

O alerta se estende pelos estados da Amazônia Legal. Este mês foi o pior agosto em número de focos de calor desde 2010 (INPE). Somente no dia 22 de agosto foram registrados 3.358 focos na Amazônia. No entanto, até o momento, foram identificados apenas 14 reconhecimentos federais de emergência e todos dizem respeito à situação do estado do Mato Grosso do Sul, que está fora da região amazônica. Em outras palavras, o clima seco, as queimadas e a péssima qualidade do ar nos estados da Amazônia Legal não refletiram em ações nem dos governos locais, nem do federal. 

 
#rápidas 
    • Rondônia: Veto Total ao PL 1569/2022, captado em março de 2022 de autoria do Deputado Lebrão, que disciplinava a liberação da pesca profissional na bacia do Rio Guaporé, a fim de manejar a superpopulação de pirarucu que vem ameaçando a biodiversidade local. O veto justifica que são necessários mais estudos antes de reavaliar o ordenamento pesqueiro na região, que sofre com a invasão da espécie ocorrida em 2014 na grande cheia do Rio Madeira. 
    • Amazonas: Reconhece o Acordo  de  Pesca do  Alto  Juruá,  no  município  de Eirunepé-  AM e o Acordo de Pesca da Reserva  de  Desenvolvimento Sustentável – RDS Rio Amapá, no município de Manicoré/AM.
    • Amazonas: PL prevê a realização de análise para a detecção da presença de agrotóxicos, nas substâncias químicas e radioativas nas águas sob o domínio estadual e na água destinada ao consumo humano no estado.

#Institucional

Podcast denuncia violência e exploração ilegal na Amazônica

📻 O Instituto Talanoa lançou, em parceria com a revista piauí, a segunda temporada do podcast A Terra é Redonda (Mesmo). O objetivo é debater clima e eleições e apresentar a ciência como guia para decisão do voto dos brasileiros em outubro. Ao longo de oito episódios, provocamos discussões sérias sobre as medidas que o próximo governo deve adotar para enfrentar a crise climática, defendendo o meio ambiente e os povos tradicionais.

 
🎙️ O segundo episódio tem pra nós, do Foco Amazônia, um sabor especial. Os entrevistados debatem a guerra instalada na Amazônia brasileira e quais são as políticas públicas que o próximo governo deverá adotar para restabelecer o comando, a paz e o combate ao crime. Garimpo, desmatamento, narcotráfico, pesca ilegal e contrabando de madeira estão entre os tópicos abordados. Ouvimos lideranças indígenas e jornalistas especialistas na cobertura da região: Alessandra Korap, Beto Marubo, Sonia Guajajara, Allan de Abreu e Cláudio Ângelo, além dos comentários de Natalie Unterstell, presidente da Talanoa.
 
🎧 Ouça e depois conta pra gente o que te chamou atenção.  Se gostar, não deixe de compartilhar o conteúdo com mais pessoas 🙂 Spotify | Deezer.
 

⚠️ Ah, se você perdeu outros episódios, clica aqui para ouvir. Em “Os cupins” detalhamos o desmonte ambiental dos últimos anos e em Verde e Preto falamos sobre justiça climática.

Equipe Editorial (Liuca Yonaha, Marta Salomon, Melissa Aragão, Ester Athanásio, Marco Vergotti, Renato Tanigawa, Taciana Stec, Wendell Andrade, Daniel Porcel, Caio Victor Vieira, Beatriz Calmon, Rayandra Araújo e Daniela Swiatek).

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